Célulla
Laboratório
FATOR REUMATÓIDE
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Prazo de entrega36 horas
É uma imunoglobulina que pode ser do tipo IgM, IgG, IgA ou IgM, capaz de reagir com o fragmento Fc de uma imunoglobulina G humana. É utilizado principalmente como marcador de Artrite Reumatóide (AR), mas pode ocorrer em outras situações clínicas. O valor preditivo positivo do teste para AR é de 20-30% e o valor preditivo negativo, 93-95%. Atualmente, utilizam-se análises quantitativas, como nefelometria, turbidimetria e ELISA. A presença de altos títulos de FR é preditiva para o desenvolvimento de AR em indivíduos não sintomáticos e está associada a um curso mais agressivo e destrutivo, com ocorrência de manifestações extra-articulares. Por outro lado, o sucesso da resposta ao tratamento com drogas modificadoras da doença e novos agentes biológicos, está associado à diminuição dos títulos de FR. Um aumento combinado de FR do tipo IgM e IgA é observado quase que exclusivamente em AR.
Indicações: Diagnóstico de artrite reumatóide, síndrome de Sjögren e crioglobulinemia mista. Investigação de outros tipos de artrites e espondiloartropatias.
Interpretação clínica: O fator reumatóide é positivo em 60-80% dos casos de Artrite Reumatóide (AR), em 20% de AR juvenil, em 60-70% das Síndromes de Sjögren e em 70% dos casos de Crioglobulinemia mista. Pode ser observado em outras doenças auto-imunes, como em 30% dos casos de lúpus eritematoso sistêmnico (LES), 25% de doença mista do tecido conectivo, 20% de esclerodermia, 20% de dermato e polimiosite e 25% de cirrose biliar. Pode estar presente também em doenças infecciosas (endocardite bacteriana: 40%, Hepatites virais: 25%, EBV e CMV: 20%); e inclusive em 5% de indivíduos sem doença, principalmente idosos. O título de FR é importante no prognóstico e acompanhamento da AR; altos títulos apontam tendência de a doença evoluir para complicações viscerais e pior prognóstico. Pode estar ausente em aproximadamente 30% dos pacientes nos estágios iniciais de artrite reumatoide. Na artrite reumatóide juvenil, o percentual de positividade de FR é mais baixo, de aproximadamente 20%.
Sugestão de leitura complementar:
Delaleu N, Jonsson R, Koller MM. Sjögren's syndrome. Eur J Oral Sci 2005; 113(2):101-13.
Hoy DG, Smith E, Cross M, Sanchez-Riera L, Buchbinder R, Blyth FM, Brooks P, Woolf AD, Osborne RH, Fransen M, Driscoll T, Vos T, Blore JD, Murray C, Johns N, Naghavi M, Carnahan E, March LM. The global burden of musculoskeletal conditions for 2010: an overview of methods. Ann Rheum Dis. 2014: in press.